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Bullying não é brincadeira
O bullying se caracteriza por comportamentos agressivos e repetitivos, visando humilhar, intimidar ou prejudicar outro indivíduo. Afeta crianças e adolescentes em diversos ambientes, como unidades socioeducacionais, espaços online e até mesmo em casa.
O tema é complexo e precisa ser sempre trazido a luz, assim a turma do G4 do CCA Tiãozinho foi introduzida ao assunto por meio de uma atividade que teve como objetivos estimular a empatia, o respeito às diferenças, a solidariedade, promovendo uma cultura de paz entre os usuários, conscientizá-los sobre os malefícios que o bullying e ciberbullying podem causar na vida das pessoas, proporcionar uma reflexão sobre o assunto destacando o quanto o bullying é causador de angústias, tanto para quem o comete, quanto para quem o sofre e desestimular a prática do bullying, ciberbullying e de brincadeiras maldosas, seja no âmbito social, nas unidades socioeducacionais ou na família.
A atividade teve o auxílio do filme “Bullying - Eu não sou um -10”, que foi exibido para abrir um diálogo entre os participantes.
O curta “Bullying - Eu Não Sou Um -10” relata a história de uma personagem que sofria bullying frequentemente. Após a exibição do vídeo, foi promovida uma roda de conversa para debater sobre o assunto. Cada usuário fez relatos de situações vividas por eles, e em seguida foi sugerido criar ações de combate ao bullying. Uma das ações sugeridas pelos usuários foi de fazer “plaquinhas” com frases de impacto, e conscientização sobre o tema, para posteriormente, serem impressas e afixadas nos espaços do CCA Tiãozinho, para que todos tivessem acesso. O mais importante da atividade é que todos os usuários participaram, interagiram e socializaram, mas acima de tudo, compreenderam o que é o bullying, e no final ficaram comprometidos com a causa.
Para combater o bullying de forma eficaz, é necessário um esforço conjunto de pais, unidades socioeducacionais e toda a sociedade. Abaixo, detalhamos as ações que cada um pode tomar:
“O que mais gostei na atividade é que aprendi que algumas “brincadeiras”, na verdade não são brincadeiras, são bullying, e não devemos fazer com ninguém. Agora vou tomar cuidado quando for brincar com meus amigos.
Yago Marinho Barbosa / Grupo 04 / 11 anos
PAPEL DOS PAIS
Diálogo aberto e acolhedor: Mantenha um canal de comunicação aberto com seus filhos, demonstrando interesse genuíno por suas vidas e desafios. Incentive-os a se sentirem confortáveis para compartilhar qualquer problema, inclusive se forem vítimas de bullying.
Escuta ativa e apoio emocional: Valide os sentimentos dos seus filhos, demonstre empatia e apoio incondicional. Evite minimizar a situação ou culpá-los por sofrerem bullying.
Orientação e empoderamento: Ensine seus filhos a se defenderem de forma assertiva, sem usar violência. Incentive-os a buscar ajuda de adultos confiáveis quando necessário.
Promoção de valores como respeito e empatia: Incentive a interação respeitosa com os outros, valorizando as diferenças e combatendo todo tipo de discriminação.
Monitoramento da vida online: Monitore as atividades online dos seus filhos de forma responsável, mantenha um diálogo sobre os perigos do cyberbullying e oriente-os sobre o uso seguro da internet.
PAPEL DA UNIDADE SOCIOEDUCACIONAL
Criação de um ambiente seguro e acolhedor: A unidade socioeducacional deve promover um ambiente onde todos se sintam seguros e respeitados, valorizando a diversidade e combatendo qualquer tipo de discriminação.
Implementação de políticas antibullying: Estabelecer regras claras e medidas disciplinares para lidar com casos de bullying, garantindo a confidencialidade e segurança das vítimas.
Programas de conscientização e prevenção: Realizar campanhas de conscientização sobre o bullying, informando usuários, pais e funcionários sobre seus diferentes tipos, impactos e formas de prevenção.
Formação de orientador socioeducacional e funcionários: Capacitar orientadores socioeducacionais e funcionários para identificar e intervir em situações de bullying, promovendo uma cultura de respeito e apoio mútuo.
Apoio psicológico às vítimas e agressores: Oferecer acompanhamento psicológico às vítimas de bullying para ajudá-las a lidar com os traumas e desenvolver mecanismos de enfrentamento. Orientar e apoiar os agressores para que compreendam as consequências de seus atos e desenvolvam comportamentos mais positivos.
Práticas para Promover Empatia nas Relações entre Adolescentes
Ensinar a perspectiva do outro: Estimular os adolescentes a se colocarem no lugar do outro, desenvolvendo empatia e compreensão pelas diferenças.
Promover atividades colaborativas: Incentivar a participação em atividades em grupo que promovam a cooperação, o respeito mútuo e a resolução de conflitos de forma pacífica.
Valorizar a diversidade: Celebrar as diferenças individuais e promover o respeito à pluralidade, combatendo todo tipo de discriminação e preconceito.
Incentivar o diálogo e a comunicação aberta: Criar um ambiente seguro para que os adolescentes possam se expressar livremente, compartilhar seus sentimentos e ouvir uns aos outros com respeito.
Promover o respeito mútuo: Ensinar os adolescentes a tratar os outros com respeito, independentemente de suas diferenças.
Combater o bullying exige um compromisso conjunto de toda a sociedade. Através da colaboração entre pais, unidades socioeducacionais e comunidade, podemos criar um ambiente mais seguro e acolhedor para todos, onde a empatia e o respeito sejam valores fundamentais nas relações entre os adolescentes.
Lembre-se:
Você não está sozinho. Existem diversas instituições e profissionais que podem te ajudar a lidar com o bullying.
Denunciar o bullying é importante para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
O bullying pode ter consequências graves para a vítima, tanto física quanto psicologicamente. Por isso, é fundamental buscar ajuda o mais rápido possível.
CANAIS DE APOIO:
Disque 100: Atendimento 24 horas por dia, 7 dias por semana para vítimas de violência.
Canal Toda Criança Se Sente: https://www.facebook. com/groups/2168508963391084/?locale=pt_BR
Lei da Palmada: Lei nº 11.342/2006 que proíbe o uso de castigos físicos e psicológicos contra crianças e adolescentes. Juntos podemos construir um futuro livre de bullying!
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